Agaponi

sábado, 10 de dezembro de 2011


                                                               Agapornis

 

    
          Das nove espécies de agapornis actualmente existentes só quatro são criadas com regularidade em Portugal são elas : Agapornis roseicollis, A. personatus, A. fischeri e A. nigrigenis. Das restantes cinco espécies tem-se conseguido alguns resultados com A. canus e com indivíduos não puros A. lilianae.

No estrangeiro A. canus e A. taranta têm obtido bons resultados e, no caso A. taranta, três mutações já foram estabelecidas, no entanto, o sucesso com as restantes três espécies continua a ser escasso ou inexistente.

Embora na Europa A. nigrigenis não seja considerado raro, nos E.U.A. o caso é diferente estando num nível de abundância similar ao do Cana, e, no entanto, este é o mais raro dos agapornis e o único em perigo de extinção no estado selvagem, é por isso aconselhável que os criadores nacionais com colónias viáveis as mantenham, e não comecem atrás das mutações, deixando a variedade selvagem no estado em que está a do personata. 


  Das nove espécies de Agapornis existentes, os meus preferidos são sem dúvida os Agapornis Roseicollis. Provenientes de África, encontram-se na natureza em pequenos grupos. Habitam normalmente em áreas rochosas, secas, com algumas árvores e arbustos, mas nunca muito longe de uma fonte de água. Com cerca de 15 cm, são aves extremamente activas.

Uma das actividades mais aliciantes para qualquer criador, é sem dúvida tentar criar a ave mais perfeita.

Tal só se consegue com uma constante selecção das aves que se utilizam como progenitores.

Existem actualmente várias mutações de Roseicollis, com inúmeras combinações possíveis.

Com a enorme variedade de mutações que existem nos Roseicollis, existe assim a possibilidade de criar aves com aspecto muito diferente entre si. 

 Sendo de longe o mais resistente dos agapornis raros, e o que cria com mais regularidade, é de estranhar a sua extrema raridade em Portugal , se não fosse por A. swindernianus o taranta ganharia o titulo de agapornis mais raro em Portugal, a explicação para esta falta de interesse, para além do desconhecimento que muitos criadores têm da ave, deve-se provavelmente a dois factores :

1º- esta ave é um habitante das terras altas da Etiópia o que devido aos problemas da região não deve facilitar a sua exportação ;

2º- a ave em si não é muito atraente, a femêa é toda verde e o macho é igual á fêmea, com uma banda frontal vermelha.

Os taranta devem ter oportunidade de escolher o seu par, e uma vez que são extremamente agressivos não podem ser criados em colónia. Ao contrário dos cana, os taranta precisam de uma maior percentagem de lipídios portanto o girassol é necessário, esta necessidade de gorduras deve-se ao facto da região de origem ser fria. No entanto, tentar manter estas aves com uma dieta exclusivamente de girassol e em gaiolas de menos de um metro é uma boa maneira de as destinar ao caixote do lixo, inviabilizando quaisquer resultados reprodutivos. Estas aves costumam atingir a maturidade sexual aos dois anos, no entanto é possível distinguir os machos jovens pelas penas das asas pretas. Embora a maioria dos casais só façam uma postura, alguns realizam duas posturas. 


Pullarios

Sendo para mim o mais belo dos agapornis com diformismo sexual, o pullarius tem necessidades reprodutivas muito mais complicadas que qualquer outro agapornis mantido em cativeiro. Com efeito na natureza o Pularia nidifica em ninhos de térmites, o que vai implicar que tal como os outros psitacideos que nidificam em termiteiras também o pularia vai necessitar de um ninho que, na medida do possível, simule as condições naturais, assim é necessário encher a caixa de nidificação com um material que não sendo muito duro permita a escavação, isto para além de estimular as aves para a criação, permite ao casal acertar com os seus ciclos sexuais, depois á que ter em conta que o interior da termiteira tem uma temperatura muito elevada, razão pela qual estas aves não precisam de aquecer as crias recém nascidas, como é típico em aves com crias nidícolas. Assim, em cativeiro é necessário construir um ninho que tenha uma temperatura na câmara de nidificação de 37ºC.

As várias soluções para este efeito ser obtido passam pelo aquecimento do ninho com resistências eléctricas ou usando matérias em decomposição, soluções alternativas como a criação debaixo de outras espécies de agapornis ou a criação á mão tem dado resultados contraditórios e para já não se aconselham. Para além destes requisitos o pullaria assim como o liliane apresenta alta mortalidade nas aves antes da primeira muda.

È frequente os criadores em Portugal obterem estas aves através de importações do seu pais de origem e, como é obvio a taxa de mortalidade é assustadora, no entanto como são geralmente oferecidos a baixo preço a aposta deve ser feita, uma vez que os pularia tem diformismo sexual a criação em colónia tem menores possibilidades de sucesso do que usando casais auto-escolhidos, sozinhos no aviário. Pelas razões apresentadas o pularia não é uma ave para principiantes exigindo cuidados e instalações especiais, mesmo assim vários criadores nacionais estão a apostar nesta bela ave o que, pela mudança de mentalidade que isso revela é de saudar.


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